Esculturas de Abismo

Vai coração tristonho!

Chore teu temporal de lágrimas;

Voarás o oceano dos céus,

O paraíso do olhar.

Sinto teu labirinto,

A fogueira de teus cabelos

Iluminando detritos.

Somam-se às mágoas teu amor

Tuas asas de febre,

Confidência não lida.

Sobram-me motivos inúteis,

A borra das recordações

No fundo côncavo da alma.

E então as sombras dançam...

O cinzel de teus pés

Burilando o abismo em minha carne!

Luis Felipe Saratt
Enviado por Luis Felipe Saratt em 02/11/2008
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