Esculturas de Abismo
Vai coração tristonho!
Chore teu temporal de lágrimas;
Voarás o oceano dos céus,
O paraíso do olhar.
Sinto teu labirinto,
A fogueira de teus cabelos
Iluminando detritos.
Somam-se às mágoas teu amor
Tuas asas de febre,
Confidência não lida.
Sobram-me motivos inúteis,
A borra das recordações
No fundo côncavo da alma.
E então as sombras dançam...
O cinzel de teus pés
Burilando o abismo em minha carne!