Répteis crocodilianos

Recolhidos na sua insignificância

Pessoas sem importância

São meus inimigos

São nuvens vazias

Levadas pelos ventos

Sem rumo, sem horizontes

Párias da sociedade

Escondem o rosto vil

Línguas de trapos

Violentam a verdade

Passa a caravana

Eles ladram

Se os enfrento

Eles calam

Não vale sequer

Mencionar-lhe os nomes

Feitos não apresentam

Apenas o rastro da lesma

Testemunha suas ações

Orienta suas vidas

São nulos, infrutíferos

Calhordas, venenosos, sofríveis

Um aborto da verdade

Louvam com sua língua ardente

Matam com seu veneno potente

Rastejantes, peçonhentos

São devorados pela tristeza

Assolados pela angústia

O inferno os aguarda