Desilusão

Tal qual mar revolto em noite sem lua,

Andarilho sem rumo, andante da rua.

Augruras que nos remetem à murmúrios,

Lágrimas substuindo o orvalho em Antúrios.

Busca demente por um nada,

Elo perdido, tropeço da madrugada.

Olhos que teimam à não cerrar.

Boca calada, trancada sem beijar.

Vontades trancadas, oprimidas.

Ilusões disfarçadas em mediocridades vividas.

Um gemido, um respirar arfante.

Na alma a impressão real,

De que nada será como antes.

Ponto final.

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 07/11/2008
Código do texto: T1270597
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