MEIO ASSIM... SEI LÁ!

Sou incógnita,

Sou idiota mesmo...

Vivo num mundo de ignorantes,

Sem nada... Num nada total.

Vivo de partículas... Ou migalhas;

Migalhas que o mundo me dá.

Nada sou... Nada tenho...

Sou assim... Meio assim... Sei lá,

Indo e vindo...

Só sigo...

Nada espero... Nada dou...

E se tudo acaba... Sou o final,

Onde fico sempre devendo,

Ou seja.... Sou só isso,

Mais nada.

Tudo acabou,

Como tudo acaba...

Como um rio que encontra com o mar,

E perde sua identidade

E parte pra conformidade;

Como a estrela que some ao amanhecer...

Ela está lá,

Mas não aparece...

Sou o ponto final,

Sem final.

Você me entende??

Não!!!!!!!!

Não pode.....

Simplesmente porque sou algo subentendido,

Sou algo imperceptível.

Então fico assim...

Esperando a compreensão que nunca vem.

Você pode me entender?

Pode compreender... Mas não entende.

Por isso sou algo subentendido,

Falo por metáforas...

Digo as palavras que ficam na escuridão,

Escuridão do meu eu,

E se perdem no meu eterno abismo.