Bitemporal

Tu és o espelho no qual eu, Narciso, quero me ver eternamente

És a flor de lís que conservarei junto a mim até o leito

Lírios que em mim chegaram, desafiando amor ao meu peito

És a eternidade presa em um momento

a complexidade que desafia meu entendimento

És a sabedoria que anseio ao meu pensamento

Dias, semanas, meses...

Ausência e desprezo de você.

Tomo de cólera meus atos e despedaço meu reflexo

Arranco as pétalas de flor, indagando minha felicidade ao destino

Os lírios morreram por escassez de água e calor.

A eternidade se evadiu, dando lugar ao efêmero

O complexo tornou-se compreensível ao meu entendimento

Já não há sabedoria no mundo da qual me alimento.

Anos... Nos reencontramos

Uma lágrima e um adeus.

Não há retorno para um amor que morreu!

Em: 20.11.08

Stéfani Bezerra
Enviado por Stéfani Bezerra em 20/11/2008
Código do texto: T1294752
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