Bitemporal
Tu és o espelho no qual eu, Narciso, quero me ver eternamente
És a flor de lís que conservarei junto a mim até o leito
Lírios que em mim chegaram, desafiando amor ao meu peito
És a eternidade presa em um momento
a complexidade que desafia meu entendimento
És a sabedoria que anseio ao meu pensamento
Dias, semanas, meses...
Ausência e desprezo de você.
Tomo de cólera meus atos e despedaço meu reflexo
Arranco as pétalas de flor, indagando minha felicidade ao destino
Os lírios morreram por escassez de água e calor.
A eternidade se evadiu, dando lugar ao efêmero
O complexo tornou-se compreensível ao meu entendimento
Já não há sabedoria no mundo da qual me alimento.
Anos... Nos reencontramos
Uma lágrima e um adeus.
Não há retorno para um amor que morreu!
Em: 20.11.08