PRECONCEITO:

Preconceito:

Ninguém sabia

Quem era aquela mulher

Os amigos me falaram dela

Como uma mulher esnobe

Sempre só, não tinha ninguém.

Com ninguém ela saia

Pouco andava na rua

Mulher bem vestida e bonita

Sabia-se, admirada por todos.

Mais ninguém jamais a viu sorrir

Nas festas que ia se isolava

Sozinha pelos cantos, não bebia.

Não dançava, apenas ficava por ali.

Observava as pessoas a sua volta

Como se procurasse por alguém.

Um dia, ninguém mais a viu.

Ela havia partido, deixando no ar.

Uma pergunta: Quem era ela,?

E porque, não falava.

Um dia um estranho chegou

E por ela, passou a perguntar.

Então nos contou sua história,

Em poucas palavras nos disse.

Que ela tinha suas razões

Para não falar com ninguém

Ela era muda, de nascença.

Um dia se apaixonara por alguém.

Que preconceituoso a rejeitou

Dizendo a ela, aprenda a falar primeiro.

Para depois pensar, em namorar.

Desesperada fugiu de casa.

Ninguém sabe para onde, por esta razão.

Hoje ando por ai, a sua procura.

Pois queria lhe pedir perdão.

Se, é que mereço, um dia ser perdoado!

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Esta é apenas uma poesia, ou uma história do nosso cotidiano, pois o preconceito mora em nós, como qualquer

outro defeito. Podemos ter o corpo perfeito bonito, como dizem por ai, mas o que conta é a beleza interior, pois a beleza de uma pessoa não mostra seus sentimentos,

como não diz a nós, se eles são bons ou ruins.

pense bem!

Volnei R. Braga