Duas opções

De que adianta ter conceitos

Do tempo de nossos antepassados

Não desrespeitar a ninguém

Para um dia ser desrespeitado

Não julgar aos seus semelhantes

Para um dia você ser julgado

Não roubar nada de ninguém

Para um dia você ser roubado

Não levantar falso testemunho

Para um dia você ser caluniado

Jamais cometer um adultério

Para um dia você ser atraiçoado

De que adianta tentar viver puro

Se estamos rodeados pelo pecado

De que adianta acreditar no amor

Se tudo se tornou depravado

O conceito de uma família

E algo careta e quadrado

Um relacionamento serio

Tornou-se presunçoso e antiquado

O que dizer a meus sobrinhos

Se eu mesmo estou desacreditado

Que doutrina a eles pregar

Se nem mais sei o destino a ser trilhado

Segui por 29 longos anos

O estilo de vida acima citado

E hoje vivo em desespero

Sem saber o que é certo ou errado

Mas não conssigo me adaptar

A esse novo modo de vida implantado

Por uma sociedade medíocre

Onde tudo pode onde tudo é liberado

Como viver num mundo assim

Onde respeito e dignidade são algo do passado

Não quero me tornar um deles

Mas a cada dia me sinto mais sufocado

È como se dentro de mim

Na alma e no coração algo fosse devorado

Só me restam duas opções

E um caminho a ser tomado

Ou viver como o resto da espécie

Ou optar pelo fim num gesto premeditado

JB Barcella
Enviado por JB Barcella em 13/01/2009
Código do texto: T1382679
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