SEM SENTIDOS

Fragmentos de imagens,

Multiplicam-se diante de mim.

Lançada no abismo,

A única presença que ouço vindo,

É a que sai dos meus lábios,

Num gemido inefável.

Cenas de um passado minguado

Cercam-me por todos os lados,

Sou o retrato corporificado,

De um ser já cansado

E em D

E

C

O

M

P

O

S

I

Ç

Ã

O,

Que grita, clama, chora

Sua própria solidão.

Restos mortais são o que sobraram

Usurparam o meu direito de viver

Assim paralisada, sem forças,

Vislumbro apenas esperanças frustradas

E fecho os olhos num último adeus.

Maiane Tigre
Enviado por Maiane Tigre em 19/01/2009
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