SEM SENTIDOS
Fragmentos de imagens,
Multiplicam-se diante de mim.
Lançada no abismo,
A única presença que ouço vindo,
É a que sai dos meus lábios,
Num gemido inefável.
Cenas de um passado minguado
Cercam-me por todos os lados,
Sou o retrato corporificado,
De um ser já cansado
E em D
E
C
O
M
P
O
S
I
Ç
Ã
O,
Que grita, clama, chora
Sua própria solidão.
Restos mortais são o que sobraram
Usurparam o meu direito de viver
Assim paralisada, sem forças,
Vislumbro apenas esperanças frustradas
E fecho os olhos num último adeus.