NÃO SOU A OUTRA!

Não sou a outra!

Nunca fui, recuso-me a ser.

Antes perder-te… amando-te!

Do que ser… coisa pouca.

E perder o meu viver,

Na certeza insana,

De nunca saber…

Se quando me deixas,

Assim tão louca,

Na partida…

Se foi por amor,

Ou apenas vontade

Indefinida,

De satisfazer,

O cúmplice desejo,

De prazer…

Ou apenas

Óbice da despedida.

Agora… basta!

Tanto sofri,

Tanto chorei…

Que parei!

E tudo analisei…

Neste infinito,

De lágrimas choradas.

Apenas sei,

Que finalmente, cheguei…

A uma incongruência:

“Num amor salpicado,

De lágrimas e ausência,

Não pode existir lugar,

Para a felicidade!

Apenas sonhos,

Que preenchem… a triste realidade!”

E eu… ainda tenho direito,

A procurar a minha felicidade!

© Luís Monteiro da Cunha

2005