Um Ponto De Esperança
Como é fácil cair
Parece que vivo à beira de um buraco
Basta um leve empurrão
E lá vou eu, rumo ao escuro
Ao pouco espaço
Olho pra cima em busca do Sol
Somente um ponto que brilha
Tateio as paredes frias
E sinto o ar sendo consumido
Grito, choro e ninguém ouve
Ou porque a voz não sai
Ou porque até a voz se consome
Tudo se apaga em meus pensamentos
É um branco só
E eu busco imagens e lembranças
Me perguno "quem sou eu?"
Nem mesmo me lembro de mim
Como caí?
Não sei. Caí.
E o rosto frio
Sente um fio quente a escorrer
E outro, e outro
Mas um nome ecoa e não cessa
..., ..., ...
Não vou reagir
Vou sentar no chão úmido
Abraçar meus joelhos
E chorar até dormir
Ou quem sabe
Até o ar acabar
Mas gostaria de atingir
O ponto brilhante que vejo
O único ponto de esperança.