HOJE, ALMA SOFRIDA

Hoje, dia frio, manhã cinzenta

Hoje, calafrio e arrepios

Hoje, certezas e fraquezas

Hoje, não quero mais

Hoje, não sou capaz

Hoje, perdi a guerra, me fiz escrava e lamentei

Hoje, já sei quem sou

Hoje, sou mais que dor

Hoje, sofro por isso e guardo comigo o meu amor

Hoje, corri da lua

Hoje, senti o peso de uma certeza

Hoje, calei a voz da esperteza

Hoje, alimentei a alma

Hoje, com troca de olhares, rompi barreiras e perdi a calma

O tempo mostrou-me sua face, percebi o inexplicável

chorei pelo lastimável

Corri em busca do inevitável

Chego ao fim de mais um dia

Com a magnitude da coragem estampada na face ferida

por onde as lágrimas que escorrem, tentam amenizar, afogar ou quem sabe alimentar uma alma sofrida.

Maria Adelaide Oliveira
Enviado por Maria Adelaide Oliveira em 28/04/2006
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