A MORTE DO POETA
A noite com a cama vazia e no triste abandono,
Nesse silencio que corrói minha alma sofrendo.
No desalento das noites frias vão me corroendo,
Sinto meu corpo quase sem vida adormecendo.
Sem te-la pra cuidar do meu já frio invólucro.
Não partirei sem ter ao menos sentido o calor,
De seus meigos lábios. Em meu sepulcro,
Ficarei adormecido sem ao menos sentir dor.
Na cidade dos homens já esquecido,
Descansem meu corpo em meu leito solitário.
Ela poderia sem remorso ter me abraçado.
Num soluço de adeus, eu chorei na solidão.
Me afoguei nas longas e tenebrosas noites.
Hoje resta, apenas um poeta em seu caixão.