Sirva-se

Está na hora do banquete

vísceras e sangue a vontade

numa mão trago o ramalhete

Me resta apenas a metade

Como quadro sem a pintura,

esta pintura sem um rosto,

este rosto sem envoltura,

que na escuridão grita exposto

Sirva-se, dirija-se a ponta

Pegue um prato, e sente no chão

Pronto já acabou. Traga a conta!

Mas e quanto vale um coração?

Liask
Enviado por Liask em 05/04/2009
Reeditado em 23/06/2012
Código do texto: T1523411
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