Viagem introspecta

Quando a lágrima corrompe-me a face

e meus dentes tintilam de dor

de medo a alma esvaece

deixando carne com sofreguidão

traz-me de volta toda angústia

burila em meu peito um nova história

imutável, fleumática

arrancando o prazer da velha memória

desce sobre mim a descrença

com força desopila meu ser

não sei se essa é a minha quimera

ribalta dos outros, reflete o cegar

tolher meu caminho em noites sem luar

compilar as setas, atarracar a vida

viagem introspecta, viagem infinita.

AnneRiq
Enviado por AnneRiq em 07/04/2009
Reeditado em 07/04/2009
Código do texto: T1527991
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