Viagem introspecta
Quando a lágrima corrompe-me a face
e meus dentes tintilam de dor
de medo a alma esvaece
deixando carne com sofreguidão
traz-me de volta toda angústia
burila em meu peito um nova história
imutável, fleumática
arrancando o prazer da velha memória
desce sobre mim a descrença
com força desopila meu ser
não sei se essa é a minha quimera
ribalta dos outros, reflete o cegar
tolher meu caminho em noites sem luar
compilar as setas, atarracar a vida
viagem introspecta, viagem infinita.