Meu pedaço
No ontem eu deitei, tentando te esquecer.
Fechei meus olhos para não ver seu rosto me implorando pelo meu toque.
O silencio nunca foi tão gostoso quanto agora.
A solidão se tornou minha companheira.
Mas você insiste em me acordar por dentro.
(“como um anjo pode voar sem suas asas?”)
O caixão de carne esconde o que não quero te mostrar.
A neve veio para refrescar o calor de teu sangue quente em minha boca.
(“agora a minha sede foi saciada”)
A dor acabou.
Acordei no hoje pensando estar desacorrentado, me sentindo livre;
Mas o que é estar livre?
Se não o achar que se pode fazer o que se quer;
Mas como posso querer fazer algo sem você ao meu lado para segurar em minha mão pelos mesmos caminhos que te deixei?!
Agora que você se foi me sinto incompleto.
Mas como quero que você me acorde por dentro!
Soprando vida em minha alma, mentindo verdades e confessando mentiras certas.
Desejei o amanha com todas as minhas forças que pude, na esperança que você possa estar de volta nele.
Você é meu pedaço roubado.
Você é meu pedaço quebrado.
Volte para mim, no amanha da primavera, na noite dos condenados, não importa, mas volte para mim.
Me acorde por dentro
Mate-me por dentro.
Quero te sentir de alguma forma.