SENTIR! SENTIR? SENTIR...

Quantas imagens distorcidas

na íris dos olhos cor de mel.

Quantas confissões reveladas,

pelos tímpanos antes peneiradas.

Quantas palavras só esboçadas

por prisão da língua e lábios.

Quanta falta de sensibilidade

por de fato não se ter tato.

Quantos odores não percebidos,

por serem demasiadamente filtrados.

Quantos sabores são degustados

pelas papilas gustativas

e depois são ignorados.

Quanto sentimento amordaçado

por um coração fragmentado.

Quanta falta de equilíbrio

por estar com o cerebelo em conflito.

Quanto descaso com o cérebro

por achá-lo supérfluo.

Quanta resistência em se conectar

por achar que as sinapses

não irão se completar.

Quantos pensamentos em vão...

Quantos questionamentos não sãos...

Quantas informações nos lóbulos processadas...

Quanta insensatez por mim experimentada...

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 19/04/2009
Código do texto: T1548522
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