Cais Dos teus Olhos
Fictícias são essas pérolas turvas
Que à noite procuro e não acho
Triste é a lágrima correndo pelo meu rosto
Estúpida e solitária lágrima.
Esses cais perdidos
Esses cais neblinados
Esses cais sentidos
Esses cais amados.
Perdidos por mim
Neblinados por ti
Sentidos por nós
Amados por alguém.
Esses cais que aos ver me apaixonei
Onde em vários momentos me fixei
E aos achá-los, neles fiquei
Por muito tempo chorei.
Ah, esses cais dos teus olhos
Esses teus olhos que são cais,
Nas suas águas imergi
Depois que deles saltei
Nas suas águas, por sorte não morri
Ao lembrar o quanto te amei
Nesses teus olhos que são cais
Nesses cais dos teus olhos.
(Rogério William, 05 de junho de 2002).