FRACASSOS
Fujo do ódio que,
De mim sinto.
Fujo do pavor e,
Trêmula, minto.
Fujo da dor desse
Coração faminto.
Fujo do mundo e,
Bebo um absinto
O erro que cometo
Remeto ao passado
Passado sangrento,
Torto e errado.
Passado que esqueço
E torna-se amargo.
Dentro do meu peito,
A dor eu afago.
Esqueço que vi,
Que vivi, que sofri.
Durante esses anos,
Que nunca venci.
E comigo mesma,
Ainda competi.
E para eu mesma,
Sem dor eu menti.
Agora estou só,
Vazia, sem cor.
Reduzida a pó,
Sem força e vigor.
Na garganta o nó,
De acumular dor.
De mim tenho dó,
Mas não tenho amor.
Escrito por Elaine Thrash
Em 10 de fevereiro de 2003