Verdade de viver

Sequer olho pra trás

Deixei penduradas nos cabides

As roupas mal passadas

De um tempo com mais cores

Nem mesmo seco meus olhos

De tão secos tem ficado

Este meu peito vão

Vagão de levar gente sem rumo certo

Em direção oposta do amanhã

Minha vida é feita de estações

Tantos embarcam para uma nova viagem

Tantos ficaram na plataforma da saudade

De cidades e casas ao pau a pique

Meus pés descalçados

Marcam a lama das estradas

E quem caleja é meu coração

Que peço perdão

Por ainda não ter noção

De qual é a verdade de viver

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 11/05/2009
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