Verdade de viver
Sequer olho pra trás
Deixei penduradas nos cabides
As roupas mal passadas
De um tempo com mais cores
Nem mesmo seco meus olhos
De tão secos tem ficado
Este meu peito vão
Vagão de levar gente sem rumo certo
Em direção oposta do amanhã
Minha vida é feita de estações
Tantos embarcam para uma nova viagem
Tantos ficaram na plataforma da saudade
De cidades e casas ao pau a pique
Meus pés descalçados
Marcam a lama das estradas
E quem caleja é meu coração
Que peço perdão
Por ainda não ter noção
De qual é a verdade de viver