Sua recusa
Sorris diante do meu desespero
E mesmo sem paz
Sigo silente e atrás
Da morada fria que construí
Meu castelo feito de areia
E do sangue das minhas veias:
A casa onde escondo meu coração.
Sem pensar se é loucura
Arrastei-me junto a seus pés
E sem qualquer dó ou viés
Sem calor e sem candura
Renegaste meu calor:
Caí, fraquejando na dor.
Seu coração de frieza
Não entende a beleza
De um amor sem rendição
Da entrega por inteiro
Do sentimento altaneiro
Da oferta da pura emoção.
Sem perdão cortastes minhas asas:
Não sou livre para voar
Sou cativa, e na gaiola me encerro
Pois teu peito - arma de ferro
Não quis sequer aceitar
Ouvir meu canto de amor solfejar.