BRASILZÃO
Não há dúvida, ele é lindo,
Mas seu povo é castigado,
Os problemas são infindos,
Seu destino está marcado.
Se vai ao banco, há filas,
No SUS, nem se fala,
Repartições, têm filas,
Vive fugindo de balas.
Se vai à praia, para lazer,
O paulistano padece,
Não sabe o que fazer,
Quando ele sobe ou desce.
Os filhos, na escola
Onde deviam estudar,
Dão-lhes maconha ou cola,
A intenção é viciar.
Pedófilos os aliciam
E lá se aprende a brigar,
Onde também iniciam
O sexo ao " ficar ".
Sai com a família no feriado,
Com o propósito de passear,
Pelo pedágio é explorado
E as cantinas vão lhe roubar.
Paga plano de saúde,
Que não respeita as leis,
É um " Deus nos acude "
A saúde é só pra reis...
Aí, o pobre coitado,
Explode o seu infimo saldo,
Pelo banco é achacado,
E da lei não tem respaldo.
O banqueiro é o ladrão
Mas sempre tem razão.
Nos boletos que atrasa,
Paga juro exorbitante
E o aluguel da sua casa,
Arruína o pagante.
Seu lar é uma prisão
Cheio de cadeados,
Pois tem medo de ladrão
Ou de ser sequestrado.
Contribui com a previdência,
Mas assiste na tevê,
Cada rombo, que indecência,
E o dinheiro não se vê.
Usando o caixa eletrônico,
Tem que olhar pra todo lado,
Treme as pernas, fica atônito,
Temor de ser assaltado.
Por aqui, vou encerrar,
Pois há múltiplos problemas,
Relativos a este tema,
Que dá para editar
Extenso livro de poemas...
Auro.