SOLIDÂO

a aura que me envolve, neste escura manhã

lembra o fascínio da luz de teu olhar

o vento gelado corta as veias

como a querer roubar-me a vida

meu coração, ilha solitária

cercado por rochedo de mágoas

sigo vagando e divagando

qual cão vadio

querendo descobrir o outro lado da lua

se não sei, o que se passa na rua

ânsia incontida

prazer, pecado que embriaga

alcool , alivio dos fracos

palavra, inimiga de quem foge

ilusão, paraíso dos sonhos

tremo e sorrio com escárnio

sigo, avançando, para trás

recuo no submundo d”alma

amargo fel na boca

trevas me engolem

na incerteza eu grito

o torpor deste amanhecer

gera fantasmas e espectros

a noite povoada por mil pesadelos

onde dormir, é verbo maldito

aguardo, angustiado, o fim!

JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES
Enviado por JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES em 23/05/2006
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