Num coração desabitado
Noite após noite, silenciado o canto, vazio jaz o salão.
Não existe a festa da espera, tão pouco a alegria da chegada.
Notório, o vazio ocupou cada canto, desencantado.
Pesarosa, a tristeza dizia dos dias que se seguiram...
Desiludido, segui o ritmo das batidas de meu coração.
Nas planícies de um amor enganoso meu olhar ficou perdido.
Muitas nuvens passaram por aqueles céus onde eu sonhava...
E no encontro que se deu, entre o sonho e a realidade,
percebi que o tempo furtado durante minha instabilidade,
perdeu-se no esmo de um reino extinto que eu habitava...