AINDA ASSIM TUDO VIRA MEDO

Não há tempo perdido quando os ponteiros estão parados

Não diga que as vozes eram certas sem antes saber de quem são

Os ares são de medo e impaciência, ainda há segredos guardados,

Os dias são longos e árduos e me negam os caminhos da razão.

Ontem vi uma estrela na escuridão do infinito sozinha a brilhar

Ontem andei no inferno da inconsciência tentando entender

Perdi-me em um labirinto e meu maior medo era de não voltar

Perdi-me dentro de mim mesmo para aquela estrela eu ainda ver.

As nuvens da desilusão bailam sobre minha consciência

As trevas da noite absorvida pela lógica do mal e do horror

Devoram-me e me cospem no lixo da mais pura inocência

Devoro e deixo pra trás toda minha admiração pela palavra amor.

José Borges Neto
Enviado por José Borges Neto em 24/06/2009
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