Periferia
Quisera que minhas palavras flagrassem meu íntimo.
Novamente posto a periferia de seu afeto.
Desprovido da perspectivas do seu toque, não ordeno raciocínios.
O sono, fome, vontade qualquer não é tão presente como as dúvidas de palavras suas.
Não falo das negativas, ou o silêncio a cada apelo meu.
Rememoro todas as vezes que disseste que me amava.
Quero ao menos creditar verdade no que vivi.
Mitigando a desventura que me assola.
Desilusões são, para meus sentimentos, tão constantes que me surpreendem ainda me importar.
Amanhece mais um dia e novamente perdido de significado apenas desejo a noite.
Impertinentes memórias sua forçam sorrisos, cada vez menos naturais.
Não peço para acelerar o tempo, apenas rogo fim desse tempo seu em minha vida.