Lúcia, retorna ao lar...

Lúcia, retorna ao lar...

Não voltarei para casa hoje.

Minha antiga fortaleza foi invadida pela solidão,

Melancólicas recordações pairam em cada canto seu.

Abandonei-a por não sentir-me seguro.

Sinto falta dos risos à meia-luz da meia-lua,

Sinto falta dos afagos ao raiar do sol...

Sinto falta do dengo dos beijos,

Sinto falta do gozo da minha amada!

Não há resquícios do paradeiro de Lúcia.

Sua fuga deu-se em absoluto sigilo;

Resta apenas minha dor a segui-la,

Na ilusão de encontrá-la.

Se a virem, imploro,

Peçam seu retorno aos humildes braços meus.

Seria, assim, dos mais bem-aventurados homens!

E, sob estrelas-testemunhas, a amaria por longos dias em casa.

Baturité, CE.

O6 de Junho de 2006.