Quando a morte vier

Um anjo veio anunciar ao meu ouvido:

"A morte está plantada em você",

Não houve desespero, nem pânico.

Simplesmente houve aceitação.

Agradeço à Deus por hoje e por ontem,

Pelo fato de me abençoar com o dom das palavras,

Lindos versos saem dos meus dedos,

voando por páginas e mais páginas,

feitos borboletas. Assim como eu, meu eu borboleta.

Que a morte venha quando tiver que vir,

Que me encontre sorrindo, atér de mim mesma,

Que em meu coração possa ser vista a tatuagem,

Onde em frase precisa e visível leia-se:

"EU TE AMO",

E que o dono deste sentimento não tenha dúvidas,

Nem beiços,

Nem medos.

Quando a morte vier, que ela memorize meus últimos anseios,

E que ela se sinta covarde por levar deste mundo um ser que

sonha.

E que meus sonhos permaneçam flutuando no ar,

Deslizando nas ondas do mar e ancorem para sempre

No cais do porto...

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 14/08/2009
Código do texto: T1753844
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