Quando a morte vier
Um anjo veio anunciar ao meu ouvido:
"A morte está plantada em você",
Não houve desespero, nem pânico.
Simplesmente houve aceitação.
Agradeço à Deus por hoje e por ontem,
Pelo fato de me abençoar com o dom das palavras,
Lindos versos saem dos meus dedos,
voando por páginas e mais páginas,
feitos borboletas. Assim como eu, meu eu borboleta.
Que a morte venha quando tiver que vir,
Que me encontre sorrindo, atér de mim mesma,
Que em meu coração possa ser vista a tatuagem,
Onde em frase precisa e visível leia-se:
"EU TE AMO",
E que o dono deste sentimento não tenha dúvidas,
Nem beiços,
Nem medos.
Quando a morte vier, que ela memorize meus últimos anseios,
E que ela se sinta covarde por levar deste mundo um ser que
sonha.
E que meus sonhos permaneçam flutuando no ar,
Deslizando nas ondas do mar e ancorem para sempre
No cais do porto...