Flor que Despetala
Flor que não tem seu tempo
É a felicidade, rosa rara,
Que se desmorona ao vento,
Sempre que a vida a despetala.
Fingir alegria para que pensem,
Que a felicidade é eterna companheira,
É esconder, na verdade, o que se sente,
Amargura sutil e sorrateira.
A vida aos tropeços vai passando,
Como passa enxurrada em correntezas,
E o lodo que fica vai juntando,
Entulhos de mágoas e de trstezas.