MÁSCARA DA ILUSÃO

Máscara de papelão e cetim

que o tempo faz desgastar.

O cetim mofa, esgarça,

a purpurina não faz brilhar.

As plumas perdem o tom,

a leveza, o destaque.

A face enfim a mostra

Já não usa o disfarce.

Rugas marcadas pelo tempo,

cicatrizes tatuadas.

No olhar um brilho opaco,

perdido, mira o nada.

A vida se faz festa

enquanto há máscara da ilusão.

Despida todas as vestes,

a máscara é desmascarada...

Efêmera é a sensação...

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 17/09/2009
Reeditado em 01/10/2011
Código do texto: T1815139
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