AURORA

Eduardo Andrade (Duda)

FS, 26/04/1982

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Protocolo nº 1220 – Recibo nº 528.8

Na escuridão reinante

em plena avenida,

de um tempo pertencente

ao mundo antagônico ao meu ser

nem dava para avistar as tatuagens

e os cortes, também salientes

aos braços da noite.

E na revolta dos ventos

que envolvia a madrugada

ouviam-se movimentos e vozes,

mas não avistava ninguém;

nem você, nem meu ser.

Logo, passava a brisa

e erguia meu dorso,

chorando para minguante lua

que a molhava de luz;

em contrapartida

ofertava-me a constelação.

Certo de tudo ser ilusão

a um pobre coração

Cheguei a chutar latas perdidas

com tamanha ira.

E, com o atiçar das horas

aos alvos da vida

só me restou a despedida...

CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA ANDRADE
Enviado por CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA ANDRADE em 11/10/2009
Código do texto: T1859999
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