PARA ONDE IR?


Atravessando o deserto
dos meus dias,
sinto sede e fome
de carinho e afeto...

Na poeira sufocante da agonia
tudo é embaçado e incerto.
Corpo curvado pelo cansaço...

Alma calada em tormento
ainda presa ao passado.
Angústia que a consome,
no verbo calado,
metades separadas...

Fiança de alto preço!
Ir para onde?
Qual o lugar mais distante
de mim ?

Existirá esse tão longe,
onde eu possa dissipar
tamanha tristeza
e tudo tenha um fim?

Num recomeço,
queria vida a pulsar,
reaver as minhas asas
para outra vez, voar!...

2007
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 26/10/2009
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