CAMINHO SOLIDÃO


Pela noite da vida
caminho a quimera
sem tempo de espera,
sem ter que chegar.
Seguindo o fustigo
do vento na noite,
sofrendo o castigo
da chuva do açoite
batendo em meu rosto,
lavando o desgosto
de ser solidão.

Sem rumo e razão,
sem senso da estrada,
à procura de tudo
e em busca do nada.
E o nada que conto
se encontra comigo
e comigo eu me faço
amigo e inimigo ,
e me dou um abraço,
atendendo me chamo,
e me vou quando sigo,
e comigo me sento,
e comigo converso ,
e me vou pensamento
que a cada momento
me faz mais um verso,
um verso diverso
dos versos que fiz,
um verso infeliz
para o meu coração
que sofre calado
batendo ao meu lado,
no lado direito,
guardando o meu peito
que é só solidão.

Odir, de passagem
oklima
Enviado por oklima em 02/11/2009
Código do texto: T1901492
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.