SILÊNCIO RETICENTE
Reticências entre o silêncio,
a palavra anoitece...
Sons choram sua dor
e uma ilusão fenece,
fica uma alma calada
cauterizando sua mágoa,
estio, desamor!
Nada de concreto foi dito
e entre a saudade que fica
o não dito grita alto
e o coração petrifica.
Nesse momento incauto
o sonho perde o voo
e no chão frio fica...
Horas abstratas, incertas...
Solidão entra e se agita,
ora serve de moradia
num peito que se aperta.
Despida de estesia
a escuridão é certa,
num silêncio que ainda grita!
Esvai-se lenta a fantasia
e cruzo pontes da realidade.
Já não busco amor nas lembranças
e nem ouso tentar outra vez...
O tempo corre sem alquimia,
a esperança não encontra um talvez
no silêncio pesado que se fez!
27/09/2009
Reticências entre o silêncio,
a palavra anoitece...
Sons choram sua dor
e uma ilusão fenece,
fica uma alma calada
cauterizando sua mágoa,
estio, desamor!
Nada de concreto foi dito
e entre a saudade que fica
o não dito grita alto
e o coração petrifica.
Nesse momento incauto
o sonho perde o voo
e no chão frio fica...
Horas abstratas, incertas...
Solidão entra e se agita,
ora serve de moradia
num peito que se aperta.
Despida de estesia
a escuridão é certa,
num silêncio que ainda grita!
Esvai-se lenta a fantasia
e cruzo pontes da realidade.
Já não busco amor nas lembranças
e nem ouso tentar outra vez...
O tempo corre sem alquimia,
a esperança não encontra um talvez
no silêncio pesado que se fez!
27/09/2009