O desfalecer do amor

Não há de que se desculpar,
meu amor. Não me prometestes nada,
nenhum céu, nenhuma noite estrelada.

Nem me fizeste
nenhum jura de amor eterno
para que a esta eu pudesse vir a me apegar.

Apenas me beijaste
sobre  luz de um luar me amando
como nenhum outro pode até hoje me amar.

Sabendo eu de suas verdades 
tomei sempre o cuidado para que nas teias da paixão
eu não chegasse a enveredar.

Foste sincero quando devotastes
a mim somente um pouco do seu calor,
umas meias-palavras e um amor que mesmo pela metade
parecia único e completo.

Mas como em todo romance
a beira de uma estrada sempre é chegada
a hora da partida, do eterno adeus...Chegou
para nós esse dia... Tu não és o culpado,
nem tampouco sou eu.

Somente o destino
é que quis entre nós se intrometer se já não existe
entre nós nenhum prazer, que faça nossos corpos se pertencerem
e nossos corações pulsarem com a mesma intensidade
e numa mesma sintonia.

Agora só nos resta essa agonia
de ver um grande amor desvanecer.
Márcia Kaline Paula de Azevedo
Enviado por Márcia Kaline Paula de Azevedo em 25/01/2010
Reeditado em 27/02/2010
Código do texto: T2050253
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