DESILUDIDAMENTE
E a ilusão se rasga
Quando a luz se finda no teu olhar
Perdido na tristeza
De não mais estar,
Não mais ser,
Não mais pertencer...
E numa solidão que s’espalha imensa
Sem desejo de continuar
Com a alma partida e o coração quebrado
Emudeço no silêncio dos meus gestos,
No meu verbo sem verso
Onde me refugio perdida
Em torno do precipício
Da verdade nua exposta,
De que não mais respostas
Dentro do peito
No anverso que confesso
Não saber se sou m ais eu...
E então me lanço vazia
Na ventania intensa
Numa sentença sem fim
Num suspiro derradeiro e atroz.