DESILUDIDAMENTE

E a ilusão se rasga

Quando a luz se finda no teu olhar

Perdido na tristeza

De não mais estar,

Não mais ser,

Não mais pertencer...

E numa solidão que s’espalha imensa

Sem desejo de continuar

Com a alma partida e o coração quebrado

Emudeço no silêncio dos meus gestos,

No meu verbo sem verso

Onde me refugio perdida

Em torno do precipício

Da verdade nua exposta,

De que não mais respostas

Dentro do peito

No anverso que confesso

Não saber se sou m ais eu...

E então me lanço vazia

Na ventania intensa

Numa sentença sem fim

Num suspiro derradeiro e atroz.

Mônicka Christi
Enviado por Mônicka Christi em 22/03/2010
Código do texto: T2152121
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