Apenas um desconhecido
APENAS UM DESCONHECIDO
Por que vejo tudo sem formas?
Por que me sinto tão acabado?
O que fazem essa pedras em mim?
Morri há algum tempo...
Nunca soube...
Vieram me contar
Que me suicidei
Vieram me falar
Que contra mim eu atirei
Afinal, quem eu sou?
Como posso ter me matado...
Estando em frente a mim mesmo...
Ainda não sei...
Não posso encontrar respostas
Só sei que muito andei
Para aqui chegar
Um lugar que ninguém pode freqüentar
Sob o solo
Sob o mundo...
Onde você pisa agora...
vê minhas mãos imóveis?
Meu corpo inteiro está assim
Sem vida, sem luz....
Apenas com um resto de esperança
É o que ainda me conduz
Como o choro de uma criança
Que não pára de berrar
Seus braços não tem mais
Sua vida não lhe pertence
Apenas àqueles que a roubaram de ti
[...]
E o que faço aqui?
Afinal, quem eu sou?
Vejo alguém, ouço vocês...
Caem as pedras, morro outra vez
Lembro da minha vida
Que tanto foi ferida
Por mim
Por quem me vê agora...
Vieram me contar
Que tinha renascido
Não pude entender
O que houve comigo
Afinal, quem sou eu???
Sou apenas um amigo....
Um completo desconhecido