O sangue gosta de mim

Depois sempre depois/passado

A gente enrosca um pensamento

Na praia de areia e dúvida/dívida

E se tivesse acontecido mesmo

Seria divertido como roda gigante

Mais uma viagem de fim de semana

Mais um passeio na serra

Mais uma noite no motel

Tudo afunda no pecado mortal

Vive-se de fugir do sofrer

A espera da agonia final

De tanto ouvir o mar bater

Cria-se laços e correntes

Dança de árvores seculares

As palavras se mesclam com sombras

Lobos se esgueirando nas moitas

Não se volta a lua para trás

Segue-se em frente feito bala

Posso viver sem você

Porém isto é totalmente vazio

O sangue gosta de mim

Sinto sabor férreo do oxigênio

Pulmões expulsam o ar/gás

Perco momentos de alucinação

carlos assis
Enviado por carlos assis em 12/04/2010
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