Revoada
Revoada
Num frenesi de asas e penas,
Pássaros em revoada se debandam.
À revelia...
Formando nuvens que no céu se
perdem,
deixando árvores mudas e vazias.
No ardor da inspiração os pensamentos
fluem,
E giram espaço, como num segundo.
Achando outros vão se aglutinando,
Formando idéias pra fazer o mundo.
Uma revoada de sonhos como a
de pássaros,
Vinda a hora, também, do peito foge.
Se pressente...
Deixando penas que ali se encravam,
Em pequeninos nichos no coração
da gente.
E as ilusões quando se em revoada
partem,
No coração se instala uma esperança
tênue.
Pra que a luta prossiga, devagar
transcorra,
E o ser vazio que fica, se mantenha
vivo, não morra.