CONQUISTA - o soneto

Ora, não te apaixones ainda!

Pois necessito sofrer por amor,

Chorar o desprezo que dás ao valor

Do peito em que nossa união se pressinta.

Pára! Não te apaixones ainda!

Pois sei que resta a tua sentença

Olhando meus atos com indiferença:

Mulher cruel, desprezando o que eu sinta.

A vida me deve a dor das feridas

Que olhando em teus olhos eu consegui.

Por isso não pára! E nem suaviza:

- Não sabes que eu morreria sem ti?

Reparte meu peito co'a fúria precisa,

E amarga o vinho que outrora engoli!

José Luís de Freitas
Enviado por José Luís de Freitas em 26/08/2006
Reeditado em 02/09/2006
Código do texto: T225416
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