Fim de um Sonho

(Ao amigo e renomado escritor Ronaldo Cagiano a última

Inspiração do precário poeta)

Amigo, traguei a revolução repetidas vezes.

A caneta presa na multiformidade de minhas garras

Solavancaram insistentemente o determinismo marxista.

Como crer se no nosso caminho

De normas e justiça concretado

Incognoscíveis bestas humanas

Pulverizam a ciência e a lógica?

Ah! Cruel existência!

Dá-me alguns minutos de êxtase

No cheiro forte do cedro e do charuto...

Há em mim a impossibilidade de estar presente

Sem a leveza da mente entorpecida.

Postulados, teorias, manifestos...os sonhos amofinaram-se;

E assisto impassível o regozijo dos hediondos seres.

Ananda
Enviado por Ananda em 26/08/2006
Reeditado em 11/09/2006
Código do texto: T225533