Fim de um Sonho
(Ao amigo e renomado escritor Ronaldo Cagiano a última
Inspiração do precário poeta)
Amigo, traguei a revolução repetidas vezes.
A caneta presa na multiformidade de minhas garras
Solavancaram insistentemente o determinismo marxista.
Como crer se no nosso caminho
De normas e justiça concretado
Incognoscíveis bestas humanas
Pulverizam a ciência e a lógica?
Ah! Cruel existência!
Dá-me alguns minutos de êxtase
No cheiro forte do cedro e do charuto...
Há em mim a impossibilidade de estar presente
Sem a leveza da mente entorpecida.
Postulados, teorias, manifestos...os sonhos amofinaram-se;
E assisto impassível o regozijo dos hediondos seres.