EUS...
Eus que margeiam a vida.
Rochedos altivos:
Morrem aos poucos pela lâmina fria
Que rasga a cortina dos sonhos.
Morrem aos poucos pelo ontem chorado.
Perdidos, já não morrem no hoje.
Perdidos, morrem aos poucos pelo depois.
Rochedos altivos:
Vangloriam-se por carregar em seus ombros
A doce conquista que jamais conquistaram;
Em beber da taça jamais sorvida:
Em breve tão esquecida
Por outros eus que virão.