EUS...

Eus que margeiam a vida.

Rochedos altivos:

Morrem aos poucos pela lâmina fria

Que rasga a cortina dos sonhos.

Morrem aos poucos pelo ontem chorado.

Perdidos, já não morrem no hoje.

Perdidos, morrem aos poucos pelo depois.

Rochedos altivos:

Vangloriam-se por carregar em seus ombros

A doce conquista que jamais conquistaram;

Em beber da taça jamais sorvida:

Em breve tão esquecida

Por outros eus que virão.

ADMALDO CESÁRIO DOS SANTOS
Enviado por ADMALDO CESÁRIO DOS SANTOS em 16/05/2010
Código do texto: T2261387
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