Última tentativa

Me segurei em tudo o que quis acreditar.

E mesmo quando no meio da minha cegueira

algumas agulhas me alfinetavam,

acredite, tentei ignorá-las...

Suportar a dor e as incertezas....

E me fiar naquilo que eu poderia supor,

deduzir, como sempre fiz.

Esperando... dessa vez pelo melhor.

Mas estou a ponto de desistir de tudo.

Tenho tantas coisas para pensar...

tantas outras para fazer,

manter isso tudo vivo para mim é doloroso...

Tanto quanto extrair de você

o que parece ser tão difícil me dizer

(e que realmente, eu não sei!)

Então faço tudo ao contrário.

Largo tudo aquilo que

com carinho eu mantinha ao lado do peito,

de forma aquecida e protegida...

Para que a vida se encarregue de dar as coordenadas

àquilo que já não pertence mais a mim.

Desisto de tentar entender

ou esperar pelo que eu gostaria de alguém,

ao invés disso vou respirar fundo,

me preparar para o pior, acreditando nisso,

quebrar todas as minhas velhas ilusões

e seguir em frente... em silêncio.