Cores...

Eu escrevi essa história e pintei com essa cor

mas é diferente quando a vida é quem escreve

pintando outra tinta nos pigmentos de amor.

Talvez que a calma aparente,

ansiosamente intranqüila;

talvez que o amor atraente

nos transformasse em areia e vermelho de argila,

trazendo brilhos como os brilhos de dois sóis...

Quando brilhas por mim, quando procuro por ti;

se te completo; tu me constróis.

Das asas de um colibri

tirei o azul puro e leve;

da borboleta bonita que tão inconstante voeja

o carmim de tua boca pintada de tom cereja,

o suave marfim de tua pele em relance breve

com a cor de meu amor...

Mas a cor de meu desejo

em teu rosto é rubor de pejo

contrastando o preto e branco de tua roupa

tons envolventes do sonho de uma hora louca

pintando forte as tonalidades no pensamento...

Mas se ainda existe

ou se ainda persiste

qualquer tom e qualquer cor

que pudesse te lembrar de amor,

se os neons ainda põe tons brilhantes na rua,

já não conseguem pintar meu sentimento

descoloridas que são as cores da esperança

nenhuma luz, apenas traços de lembrança

no inquietante negrume da noite sem lua...

Joscarlo
Enviado por Joscarlo em 27/06/2010
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