O dia! Que dia?
Talvez a felicidade! Distinta, distante e obtusa!
Ou ilusória... Acreditar no amor, só louco!
Existe, sim, mas, longe da essência!
Por que mentir e junto às lágrimas?
Tão hipócritas quanto o existir?
Olhos sinceros mentirosos,
Sorriso funéreo e inócuo.
Por que mentir?
Dó, piedade ou sacanagem?
Sujeira lamástica, encardida
Quão à vida!
Dissolve-se às amarguras no limiar
da esperança.
A credibilidade já não mais existe.
O conceito de respeito chega ao final.
Pobre idiota sonhador, vive o martírio
da sua própria encruzilhada!
O dia há de chegar,
O sol voltará a brilhar,
O verdadeiro amor reinará,
A luz há de aconchegar ao espírito,
O sorriso despertará,
O prazer de viver renascerá!
Que dia?
Quando?
De que maneira?
Aonde?
Com quem?
Com o eterno vazio!
Que dia?
O Bruxo
Carlos Sant’ Anna