O dia! Que dia?

Talvez a felicidade! Distinta, distante e obtusa!

Ou ilusória... Acreditar no amor, só louco!

Existe, sim, mas, longe da essência!

Por que mentir e junto às lágrimas?

Tão hipócritas quanto o existir?

Olhos sinceros mentirosos,

Sorriso funéreo e inócuo.

Por que mentir?

Dó, piedade ou sacanagem?

Sujeira lamástica, encardida

Quão à vida!

Dissolve-se às amarguras no limiar

da esperança.

A credibilidade já não mais existe.

O conceito de respeito chega ao final.

Pobre idiota sonhador, vive o martírio

da sua própria encruzilhada!

O dia há de chegar,

O sol voltará a brilhar,

O verdadeiro amor reinará,

A luz há de aconchegar ao espírito,

O sorriso despertará,

O prazer de viver renascerá!

Que dia?

Quando?

De que maneira?

Aonde?

Com quem?

Com o eterno vazio!

Que dia?

O Bruxo

Carlos Sant’ Anna

Bruxo das Letras
Enviado por Bruxo das Letras em 28/06/2010
Reeditado em 28/06/2010
Código do texto: T2345491
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