Malvada pessoa querida
Minha eterna melancolia
Transmitida em elegia
Ou em forma de melodia
Meu amor tão sincero
Amor esse que venero
Minha triste alegria.
É massacre sem compaixão
É minha triste canção
É salubre desilusão
Que me mata a cada dia
Meu clamor que não avalia
Nem a própria razão.
É uma estrada tão bonita
Sobre ela vou perdida
Pedindo a teus braços guarida
Implorando à alma vagante
Que retire do meu semblante
Esta tão triste ferida.
Te amando sem censura
Sob sua doce candura
Eu te peço com brandura
Não com a força que domina
Que meu amor subestima
Com angelical postura.
Eu vou-me tão sentida
Com minha alma sofrida
Lembrando a sua partida
Sem um adeus, sem uma palavra
Só com aquela dor que crava
Malvada pessoa querida.