Migalhas de amor...
Amanheci tão cheio de nada
Como se o nada fosse um peso em mim
Malicioso que amordaça a voz d'alma
Com um tormento que não tem fim
Às vezes me sinto assim
Como folha seca no teu jardim
O vento chega e me carrega pra longe de ti
E pisoteado pelo destino, sou só migalhas
E de migalhas em migalhas alimentei-me de ilusão
Deixando desnutrido meu coração
Que não vê mais razão para existir
Pedaços de mim estão por todos os lados
Num lento processo de decomposição
Esperando a última migalha do teu amor acabar pra eu partir...