A morte da rosa

Uma rosa despetalada,

saudosa, jogada ao chão.

Chorava suas lembranças;

Tempos idos, em botão.

Embora sua beleza

desabrochasse em perfume

a rosa inconformada

consumia-se em queixumes

Perdida a primavera,

o viço, a seiva, o vigor.

soçobrava à tristeza

tirando-lhe também a cor.

De nada adiantavam

os clamores do jardim.

A rosa entregou-se a morte,

antes mesmo do seu fim

Arlete de Andrade
Enviado por Arlete de Andrade em 16/09/2006
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