Seguirei com minha lanterna?

Escureci, porquanto te perdi

assim como tão claro me senti

enquanto em meus doces erros achava o perdão

e sozinha deixava, sem dona, a solidão

E que não me vinham caluniar

obscuras ocorrências

Visto como clareavas com displicência

E simples o inexplicavel se tornava

até em que expeliu-se a lava

E explicação fez-se necessário

mesmo que não fosse vigário

a razão exigiu esclarecimento

não sabendo em dado momento

que não havia mais como clarear

ou que a luz desvanece e tornar-me-ia ao escuro

tão impactante e duro

que ei de padecer

Não sendo senão o cego pela claridade

Ímpar, sem paridade

Indago, porém, se escuridão e clareza são sinônimos

assim como as ilações

Pergunto-me se os prazeres foram hormônios

Indago o título

Canso meus neurônios

E concluo que

E concluo como...

(Matheus Santos Melo)