Veleiro do tempo

Ando meio perdido em uma gota d’água,

Que cai no oceano dos nossos sonhos

E transborda em lágrimas de amor

Vindas do passado e a caminho do futuro.

Nada mais me lembra do doce sabor da paixão,

Se não contarmos as lembranças embaçadas,

As fotos montadas, com carinho, pelo destino

E o porta retrato vazio sobre a mesa.

Aí vem a pergunta: onde isso tudo vai dar?

Já não deu em nada antes, mas resta a esperança,

Essa maldita, que me prende ao laço do enforcado,

Ao ninho da minha própria utopia.

E por falar em utopia, esta me sai como gota,

Que vem matar a charada e mais alguém no caminho.

Utopia, utopia, inocente utopia.

Protótipo de realidade, sorte lançada ao mar, como eu.

Zezzo Dantas
Enviado por Zezzo Dantas em 30/09/2010
Código do texto: T2529746
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