Cruel adaga…

Essa adaga crua e fria,

que feriu seu coração;

Esfacelou ilusão,

da mulher… que se queria.

Que se banhe no seu sangue,

faça a desdita poema…

Seja pena e o tema,

dessa alma, já exangue.

Fere e mata de uma vez,

em crueldade perfeita;

Foste por ele a eleita

e a vida, tão mal lhe fez.

Nesta vida o que espanta,

é ser tão linda e cruel…

Bebe da vida o fel,

com seu grito… na garganta.

Vem adaga, fere e mata,

este poeta sem norte…

Cem vezes prefere a morte,

que essa mulher, que o maltrata.

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 03/10/2006
Código do texto: T255372